sábado, 23 de abril de 2011

Mais uma - a minha - história de amor.

Foi numa sexta feira, numa noite de profunda insônia solitária. Era madrugada, fazia calor e a lua estava cheia quando meu telefone tocou. E eu, cheia de esperança, corri para atende-lo, como se fosse algo que eu almejasse muito. Mas a única coisa que eu podia ouvir vindo do telefone era seu silencio tão profundo que cortava meu peito, já lacerado.

Sentia falta de sua voz aveludada, do jeito com que afagava meu cabelo,como me sentia quando seu corpo encostava no meu e da forma com que nossos corações, quando juntos, tinha a sincronia perfeita.

Havíamos brigado, estávamos machucados e tinha a certeza de que nenhum de nós deixaria o orgulho de lado para se desculpar. Então, seria esse o fim? Por mais que minha mente negasse o sentimento, estando cansada de sofrer, e se meu coração pensasse o contrario?

Jogada naquela poltrona velha, abraçada na almofada que me dei em nosso primeiro aniversário, senti uma lagrima percorrer meu rosto alvo e então, deixando meu orgulho de lado, disquei seu telefone:

- Alô? – Ele disse, como se também estivesse em claro há algum tempo.

A única coisa que eu consegui fazer foi soltar o fôlego que se misturou com lágrimas de saudade, de vontade, de amor.

- Eu... – Falei, sendo interrompida por outra leva de lagrimas.

- Eu te amo. – Ele disse, tirando as palavras da minha boca. – E preciso de você agora.

Tive certeza, então, de que tudo ficaria bem, pois quando ele falava, cada ‘eu te amo’ parecia o primeiro.