sábado, 23 de abril de 2011

Mais uma - a minha - história de amor.

Foi numa sexta feira, numa noite de profunda insônia solitária. Era madrugada, fazia calor e a lua estava cheia quando meu telefone tocou. E eu, cheia de esperança, corri para atende-lo, como se fosse algo que eu almejasse muito. Mas a única coisa que eu podia ouvir vindo do telefone era seu silencio tão profundo que cortava meu peito, já lacerado.

Sentia falta de sua voz aveludada, do jeito com que afagava meu cabelo,como me sentia quando seu corpo encostava no meu e da forma com que nossos corações, quando juntos, tinha a sincronia perfeita.

Havíamos brigado, estávamos machucados e tinha a certeza de que nenhum de nós deixaria o orgulho de lado para se desculpar. Então, seria esse o fim? Por mais que minha mente negasse o sentimento, estando cansada de sofrer, e se meu coração pensasse o contrario?

Jogada naquela poltrona velha, abraçada na almofada que me dei em nosso primeiro aniversário, senti uma lagrima percorrer meu rosto alvo e então, deixando meu orgulho de lado, disquei seu telefone:

- Alô? – Ele disse, como se também estivesse em claro há algum tempo.

A única coisa que eu consegui fazer foi soltar o fôlego que se misturou com lágrimas de saudade, de vontade, de amor.

- Eu... – Falei, sendo interrompida por outra leva de lagrimas.

- Eu te amo. – Ele disse, tirando as palavras da minha boca. – E preciso de você agora.

Tive certeza, então, de que tudo ficaria bem, pois quando ele falava, cada ‘eu te amo’ parecia o primeiro.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Orgulho. Pela primeira vez sinto orgulho de mim. Por entender que meu coração pode bater de novo. Que existem outras pessoas dispostas a ganhar meu coração. Que talvez, agora, ele tenha um novo dono. E mesmo que agora as cascas das grandes feridas que você deixou tenham começado a descolar e em baixo dela existam algumas cicatrizes, eu sei que existe alguém que pode sanar a dor. E que se alguém não for você, não for quem eu queira, não for o príncipe dos meus sonhos, eu sei que sou auto-sustentável. E tenho que te agradecer por ter me ensinado tudo o que eu sei sobre amor. Aprendi que não devemos nos entregar de primeira a um amor. Que conhecer bem com quem se está lidando é a melhor alternativa, pra mim, a certa. Aprendi que amar é a melhor coisa que existe. Que amor não tem hora, não que cor, não tem cheiro. Amor é um sentimento transparente. Que não escolhe quem e quando atacar. E parece que o meu voltou assim, tão de repente. Tão inconseqüente. Tão árduo. Aprendi que amar sem ser amado não é crime, não é injustiça e que você será o policial do seu coração. Não vale a pena condenar alguém por um crime que não cometeu, não o culpe se ele não te amar, não deve se amar para ser amado. Aprendi que devemos amar sem querer algo em troca. Aprendi que existe algo em uma relação que pesa mais que a confiança, esse algo é o sorriso. Todo o teu sorriso, seja ele um meio-sorriso, um sorriso inteiro, um sorriso frio, um sorriso terno, todo sorriso é um sorriso de amor. Aprendi que dois é melhor que um. Aprendi que o coração é o meu segundo eu e que devo tratá-lo como gostaria de ser tratada. No final, acho que o coração é como uma bicicleta. No começo, andamos com rodinhas, por medo, por insegurança. Depois tiramos a primeira roda e sentimos que por algum tempo, perdemos o freio e logo o retomamos. A pior decisão para você é perder a segunda rodinha. A partir daí, seu coração será livre. Mas depois de tudo isso, existe uma fase que se chama andar sem as mãos no guidão. E é nessa fase que quero permanecer para sempre. Sem freios, sem rodeios e sem devaneios. Quero ser livre para sempre. E se nesse tempo, a pessoa certa aparecer, pois bem, que ela me aceite assim, livre como sou. Pois não troco o prazer da liberdade por nada nesse mundo.


And maybe is true that I can't live without you and maybe two is better than one.

sábado, 23 de outubro de 2010

Amar. Existe palavra mais subjetiva que essa? Por quantas noites perdi o sono, chorei por sua causa de amor. Brigar, espernear, sentir a dor, tudo por causa de um sentimento tão presente e tão ausente. Horas está aqui, outras está tão longe que nada parece conseguir alcançar. Mas devo te agradecer amor, meu amor, por todas as vezes que tu me fez rir, que eu sorri por saber que tu existes dentro de mim. E não importa quanto tempo você ficar fora, dentro de mim, tem um coração que bate por ti. Bate por amar. Bate por você, amor. Concluo então que amar é a melhor coisa do mundo. Que pode te proporcionar coisas boas e ruins, só depende de como encararei. E daqui pra frente, quero ser sua amiga, amor. Quero que teu sorriso seja meu sorriso. Quero poder confiar no amor, de novo. Quero acreditar que você existe, quero te sentir. Porque a cima de tudo, e qualquer coisa, o amor conquista tudo. Amo me sentir a amada, amo amar e antes de tudo, amo você amor, meu confuso, mas doce, amor.

Ele: Posso te falar uma coisa?
Ela: Sim.
Ele: Duas palavras: Eu amo você.
Ela: Mas são três.
Ele: É porque o "eu" e o "você" são uma só.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Não existe um coração vazio. Não existe um coração sem sentimento. Só existe um coração recheado de sentimentos que você não gostaria que existissem. O meu, por exemplo, está vazio. Vazio de amor e de ódio. Vazio de confiança e insegurança. Na verdade, mesmo, ele está cheio de mim e você. Cheio do que somos e nunca mais seremos. Cheio de fantasia, de sonhos. Ele pode estar cheio de qualquer coisa. Só sei que, agora, ele está cheio de torpor. Ele dói de arrependimento. Dói de saudade, de vontade. Dói por mim e por você. Dói por nós. Talvez ele esteja orgulhoso de si. Porque ele, sozinho, superou. Superou todas as minhas noites sem sono. Chorando. As lagrimas pesadas escorrendo pelo meu rosto, tão vermelho e inchado. Superou a vontade de sumir quando você aparecia tão de repente. Superou a estúpida fantasia de que um dia ficaríamos juntos. Na minha história você era o vilão e eu a mocinha que se apaixonou pelo cara errado. Agora a história mudou. É tudo diferente. Você foi quem me fez sofrer, meu coração é o herói. E eu? Eu sou qualquer uma, em qualquer lugar, a qualquer hora, tentando superar o que meu coração não pode. O buraco que nele existe.

1 ano.

domingo, 10 de outubro de 2010

Mais uma vez. Eu estou aqui mais uma vez pra dizer que você está tomando conta da minha mente desde que eu acordei. E o mais estranho é que isso não acontece apenas quando eu acordo. Quando eu me deito, enrolada no meu cobertor, imersa em pensamentos, você já está lá, me fazendo rir e me assombrando. E eu sonho com coisas que nunca vão acontecer novamente. Sonho com o que resta da lembrança. Da nossa lembrança. Quer seja ela uma boa lembrança ou uma lembrança ruim. E eu lembro de quando nos beijamos, quando seu lábio tão frio encostou no meu, quente. Quente como o amor que nos aqueceu durante tanto tempo. E porque será que dizer adeus pode ser tão difícil? Como me despedir das pessoas é tão banal e me desapegar a você é uma luta, uma luta dentro de mim. Uma contradição de sentimentos. Hora quero, hora não quero. E você, o que quer? Porque some e aparece? Porque me quer e depois não quer mais? Porque brinca comigo? Acho que você pensa que sou uma boneca. A sua pequena boneca. E que comigo você pode fazer o que bem entender. Pois bem, essa faze já passou. E por mais que ainda exista você em mim. E por mais que meu coração se derreta ao ver você, ao longe, eu sei que ele não merece mais sofrer por você. E por isso vou dizendo adeus. Assoprando nossas primeiras velinhas. E acenando para você enquanto seu borrão some daquilo que consigo, e do que agora, mais que nunca, quero enxergar. Goodbye.


Dedicado a Gi, minha prima, minha melhor amiga. 'cause you're amazing just the way you are.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Congrats, heartbreaker...

Sofrer. Sofrer por amor. Sofrer por mim. Sofrer por você. Sofrer por nós. Porque toda vez que eu te vejo meu coração fala por mim? Porque toda vez que você está perto eu te perco? As batidas dentro de mim falam mais alto. É como se você nunca deixasse de estar ali, onde sempre esteve. Parece que todo o corpo que toco, todo rosto que vejo, toda boca que beijo, me trás você de volta. Será que um dia vou entender porque é tão simples pra você fingir que tudo não passou de uma tarde? Mais uma... Eu, sinceramente, não entendo porque você me prende tanto ao passado que eu quero esquecer. As minhas noites mal dormidas, as nossas brigas, o nosso sentimento, o que sentíamos um pelo outro era tão real. E acabou. Não existem finais felizes. Eu pensei que você estaria aqui agora. Eu me imaginei e você, noites seguidas, abraçados enquanto você afagava meu cabelo e dizia que me amava. Só que eu não sabia quem era você. E eu sei que quando meu coração para de bater por você, ele simplesmente para. E não volta a bater. E eu me sinto fria como gelo. Porque todo ar tem seu perfume? Porque toda música tem a nossa batida? Porque tudo me leva de volta a você? E quando isso está prestes a acabar, você consegue, novamente... Você consegue aparecer e meu coração desaparece. Você consegue me levar de volta a você. Parabéns, destruidor de corações.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Bom sonhos..

Ainda era cedo quando brigaram. Palavras mórbidas ecoaram ao seu ouvido. Um sentimento inferior tomou conta de seu corpo. Não queria mais ouvir falar do tal menino. Resolveu então tomar um banho para tirar a ansiedade de si. Não obteve resultado. Talvez tivesse obtido, mas não fora o desejado. Trajando um pijama de seda, a menina se dirigiu a cozinha. O menino tomava conta de sua cabeça. Preenchia-a por completo. Era como se não houvesse escolha, só pensava nele. Horas haviam se passado e ela ficava martelando o fato ocorrido. Ela se deu conta, então, de que estava apaixonada por um idiota. Perguntara-se em voz alta porque aquele tipo de coisa só acontecia com ela, não ouviu resposta alguma. O coração batia de forma acelerada e ela se questionava o “porque”. Eles haviam brigado por algo tão ridículo quanto à paixão dela. Se tudo na vida tem um porque, uma explicação, para ela não tinha. Porque ela era apaixonada por ele? Porque eles haviam brigado? Porque o coração batia daquela forma? Talvez fosse por amor. Ela negava, mas talvez essa fosse à única explicação, ainda que irracional, para todas as perguntas dela. Caminhou morosamente até sua sacada e sentou-se no parapeito da janela. Observava a lua e a luz que a mesma emitia. A lua parecia sempre triste. Estava tão longe que a mão da menininha não podia alcançar. Então se conformou em apenas observar sua beleza e interpretá-la do jeito que bem entendera. Correu em direção a cama e por tempos virou-se de um lado ao outro, sem parar. Passou parte da noite em claro. E depois, apagou de cansaço. Mal sabia ela que estaria prestes a encontrar novamente seu amado, só que dessa vez, em seus sonhos.