quarta-feira, 19 de maio de 2010

Bom sonhos..

Ainda era cedo quando brigaram. Palavras mórbidas ecoaram ao seu ouvido. Um sentimento inferior tomou conta de seu corpo. Não queria mais ouvir falar do tal menino. Resolveu então tomar um banho para tirar a ansiedade de si. Não obteve resultado. Talvez tivesse obtido, mas não fora o desejado. Trajando um pijama de seda, a menina se dirigiu a cozinha. O menino tomava conta de sua cabeça. Preenchia-a por completo. Era como se não houvesse escolha, só pensava nele. Horas haviam se passado e ela ficava martelando o fato ocorrido. Ela se deu conta, então, de que estava apaixonada por um idiota. Perguntara-se em voz alta porque aquele tipo de coisa só acontecia com ela, não ouviu resposta alguma. O coração batia de forma acelerada e ela se questionava o “porque”. Eles haviam brigado por algo tão ridículo quanto à paixão dela. Se tudo na vida tem um porque, uma explicação, para ela não tinha. Porque ela era apaixonada por ele? Porque eles haviam brigado? Porque o coração batia daquela forma? Talvez fosse por amor. Ela negava, mas talvez essa fosse à única explicação, ainda que irracional, para todas as perguntas dela. Caminhou morosamente até sua sacada e sentou-se no parapeito da janela. Observava a lua e a luz que a mesma emitia. A lua parecia sempre triste. Estava tão longe que a mão da menininha não podia alcançar. Então se conformou em apenas observar sua beleza e interpretá-la do jeito que bem entendera. Correu em direção a cama e por tempos virou-se de um lado ao outro, sem parar. Passou parte da noite em claro. E depois, apagou de cansaço. Mal sabia ela que estaria prestes a encontrar novamente seu amado, só que dessa vez, em seus sonhos.

sábado, 15 de maio de 2010

Aqui me vejo presa revirando o passado, negando o sentimento.

Ali te vejo preso desejando o passado, exaltando o sentimento.

Insistindo que queremos o mesmo.

Mas digo que não, amor.

Quando me sentes longe e me queres perto.

Te sinto perto e te quero longe.


N.a: Créditos a @beebaldessarini e mil beijinhos =*

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O code-nome da Solidão

Um vazio tomou conta do meu interior. De fato, nada mais cabia ali. Nem mesmo que se quisesse tão pouco se pudesse preencheria tal lugar com algo ou alguém. Admito, quis os dois, nenhum pude ter. Ah, quem dera se querer fosse poder. Era impossível descobrir se dentro de mim ainda batia um coração. Talvez as pulsações fossem baixas, talvez não existissem mais. Ele precisava de alguém para pulsar, mas no momento não encontrara ninguém. Senti como se desmoronasse, como se um vento forte batesse em um castelo de areia e eu não pudesse impedi-lo de ir embora. Estava mais do que nada hora de esquecê-los, mas antes deveria descobrir o que se passava pela minha mente, tão sozinha e escura. Precisava que alguém a iluminasse, pois sozinha, nunca fui nada, nem serei. Às vezes minha mente martelava na mesma tecla, será que um dia eu seria feliz no amor? Será que um dia as pessoas cumpririam aquilo que prometeram? Será que um dia meu coração voltaria a bater? Eu sabia as respostas, mas fiz com que fossem embora. Tinha conseguido, mais uma vez, me iludir. Por mais uma vez fui a menina iludida, a sonhadora, aquela que acreditava em conto de fadas. Mas isso vai parar, porque logo a razão irá falar mais alto que o coração, eu garanto.

Mil beijinhos =*


N.A: Escrevi esse texto há muito tempo, e como resolvi voltar com o blog, nada melhor do que retomar algumas idéias, I guess.